sábado, 11 de fevereiro de 2012

Arquiteto X Engenheiro

De acordo com a Lei 5.194 de 25 de Dezembro de 1966 e pela resolução 218 de 29 de Junho de 1973 do CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, na área das edificações urbanas tanto o Engenheiro quanto o Arquiteto tem as mesmas atribuições profissionais. Isto é o arquiteto é legalmente habilitado para projetar e calcular um edifício, assim como o Engenheiro Civil pode projetar e calcular um edifício, portanto legalmente não há distinção entre Engenheiros Civis e Arquitetos.

A Grande diferença entre Arquitetos e Engenheiros Civis está na formação acadêmica de cada um. Numa abordagem mais genérica a formação do Arquiteto é baseada em disciplinas de projeto distribuídas em 5 anos de cursos, com uma carga de aproximadamente 3.500 horas só de projeto e cerca de 500 horas para o desenvolvimento de cálculos estruturais e de resistência dos materiais. O engenheiro Civil tem em sua formação 4.000 horas de cálculos estruturais, resistência dos materiais, física e etc., e 160 horas ou menos para o desenvolvimento de projeto de arquitetônico.

O Arquiteto e o Engenheiro Civil têm um objetivo em comum, edificar com qualidade, solidez e economia.

Ser Arquiteto

Um arquiteto é o profissional responsável pelo projeto, supervisão e execução de obras de arquitetura. Embora esta seja sua principal atividade, o campo de atuação de um arquiteto envolve todas as áreas correlatas ao controle e desenho do espaço habitado, como o urbanismo, o paisagismo, e diversas formas de design.

Ele possui a arte da composição, o conhecimento dos materiais, e suas técnicas e a experiência teórica e prática na execução das obras". O arquiteto é o profissional que desenha, projeta ou idealiza os edifícios. 


De acordo com a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, a profissão de arquiteto tem como característica as realizações de interesse social e humano que importem nos seguintes empreendimentos: a) aproveitamento e utilização de recursos naturais; b) meios de locomoção e comunicações; c) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos técnicos e artísticos; d) instalações e meios de acesso a costas, cursos e massas de água e extensões terrestres; e) desenvolvimento industrial e agropecuário.

Ao lado do cinema, da dança, da música, do teatro e da literatura, a arquitetura também é considerada uma forma de arte. O arquiteto é aquele responsável pela concepção, organização e construção de espaços exterior e interior abrangendo a edificação, o urbanismo, o paisagismo, bem como a conservação e valorização do patrimônio construído, proteção ao equilíbrio do ambiente natural e a utilização racional dos recursos disponíveis. Observa-se, portanto, que o trabalho do arquiteto é muito importante para o desenvolvimento do país.

Para exercer a função de arquiteto é fundamental ter sensibilidade, criatividade, intuição e interesse pelas artes. Estar atualizado e de olho nas tendências artísticas ajuda na coerência dos trabalhos. Também é necessária capacidade de observação e análise, habilidade numérica, gosto de trabalho em equipe, meticulosidade e exatidão.

Características desejáveis:

- atenção a detalhes
- capacidade de comunicação
- capacidade de negociação
- capacidade de ouvir sugestões e críticas
- capacidade de planejamento
- espírito inovador
- facilidade para matemática


Vitrúvio e a Arquitetura

Vitrúvio Polião, em latim Vitruvius Pollio, foi um arquiteto e engenheiro romano que viveu no século I a.C. e deixou como legado a sua obra em 10 livros, aos quais deu o nome de De Architectura (aprox. 27 a 16 a.C.) que constitui o único tratado europeu do período greco-romano que chegou aos nossos dias e serviu de fonte de inspiração a diversos textos sobre construções, hidráulicas, hidrológicas e arquitetônicas desde a época do Renascimento.


Na obra de Vitrúvio, definem-se quatro os elementos fundamentais da arquitetura: a firmitas (que se refere à estabilidade, ao carácter construtivo da arquitetura/resistência), a utilitas (que originalmente se refere à comodidade e ao longo da história foi associada à função e ao utilitarismo), a venustas (associada à beleza e à apreciação estética) e o decorum (associado à dignidade da arquitetura, à necessidade de rejeição dos elementos supérfluos e ao respeito das tradições/ordens arquitetônicas).

Desta forma, e segundo este ponto de vista, uma construção passa a ser chamada de arquitetura quando, além de ser firme e bem estruturada (firmitas), possuir uma função (utilitas), respeitar as ordem clássicas (decorum) e for, principalmente, bela (venustas). Há que se notar que Vitrúvio contextualizava o conceito de beleza segundo os conceitos clássicos. Portanto, a venustas foi, ao longo da história, um dos elementos mais polémicos das várias definições da arquitetura.

O homem vitruviano (ou homem de Vitrúvio) é um conceito apresentado na obra Os dez livros da Arquitetura, escrita pelo arquiteto romano Marco Vitruvio Polião, do qual o conceito herda no nome. Tal conceito é considerado um cânone das proporções do corpo humano, segundo um determinado raciocínio matemático e baseando-se, em parte, na divina proporção. Desta forma, o homem descrito por Vitrúvio apresenta-se como um modelo ideal para o ser humano, cujas proporções são perfeitas, segundo o ideal clássico de beleza.
As duas primeiras imagens representam o homem vitruviano na obra  "De Architectura", por último, o homem  vitruviano  segundo  Da Vinci
Originalmente, Vitrúvio apresentou o cânone tanto de forma textual (descrevendo cada proporção e suas relações) quanto através de desenhos. Porém, à medida que os documentos originais perdiam-se e a obra passava a ser copiada durante a Idade Média, a descrição gráfica se perdeu. Desta forma, com a redescoberta dos textos clássicos durante o Renascimento, uma série de artistas, arquitetos e tratadistas dispuseram-se a interpretar os textos vitruvianos a fim de produzir novas representações gráficas. Dentre elas, a mais famosa e (hoje) difundida é a de Leonardo da Vinci.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A arquitetura (do grego αρχή [arkhé] significando "primeiro" ou "principal" e τέχνη [tékhton] significando "construção") refere-se à arte ou a técnica de projetar e edificar o ambiente habitado pelo ser humano. Neste sentido, a arquitetura trata destacadamente da organização do espaço e de seus elementos: em última instância, a arquitetura lidaria com qualquer problema de agenciamento, organização, estética e ordenamento de componentes em qualquer situação de arranjo espacial. No entanto, normalmente a arquitetura associa-se diretamente ao problema da organização do homem no espaço (e principalmente no espaço urbano).


A arquitetura como atividade humana existe desde que o homem passou a se abrigar das intempéries. Uma definição mais precisa da área envolve todo o design (ou seja, o projeto) do ambiente construído pelo homem, o que engloba desde o desenho de mobiliário (desenho industrial) até o desenho da paisagem (paisagismo), da cidade (planejamento urbano e urbanismo) e da região (planejamento regional ou Ordenamento do território). Neste percurso, o trabalho de arquitetura passa necessariamente pelo desenho de edificações (considerada a atividade mais comum do arquiteto), como prédios, casas, igrejas, palácios, entre outros edifícios. Segundo este ponto de vista, o trabalho do arquiteto envolveria, portanto, toda a escala da vida do homem, desde a manual até a urbana.